domingo, julho 26, 2009

Para Lá

O avião bate e é o fim. Outra vez o solo, com a sua novidade. O voo é demasiado azul, demasiado tempo, desmaiado de desejo de voltar. O solo o metro o comboio o taxi, a casa tal qual a deixei. Outra vez o colo do meu sítio, cada vez menos meu de partilhas fugazes.

Não gosto de voar a não ser em sonho, a não ser nas asas dos meus melros.

Amanhã trabalho. Uma praça nova na frente do edifício, quebre-se ao menos a rotina das pedras. Amanhã de novo recolhidas asas, remoendo os pios, a capa negra que nunca usei a cobrir-me a alma. Saudades de Coimbra, talvez.

Gosto de voar quando é para lá.