Eu Vou Lá Ter de Comboio ( a I. )
A apanhar raios de sol declinando
Telhados que antevejo ruinosos
Espero, Redentor Dezembro
O frio desinfectante das tuas manhãs pálidas
A cama morna de apenas um corpo
Tenho nas mãos a cautela de quem já perdeu cautela
E nas esperanças bilhete de taluda perpétua
Ou rifa sai sempre
( desde que tu saiste, ó Musa )
Quando desceres do Céu
Ó Anjo Terrivel nos meus Céus de Lisboa
Vai ser noite e fria noite e vai ser dia
De fogueira pelos olhos e nas mãos
Lisboa novamente ninho de corvos e pombas
Voa!
Peremptória voa para mim e para cá, Musa!
( eu vou lá ter de comboio )
Telhados que antevejo ruinosos
Espero, Redentor Dezembro
O frio desinfectante das tuas manhãs pálidas
A cama morna de apenas um corpo
Tenho nas mãos a cautela de quem já perdeu cautela
E nas esperanças bilhete de taluda perpétua
Ou rifa sai sempre
( desde que tu saiste, ó Musa )
Quando desceres do Céu
Ó Anjo Terrivel nos meus Céus de Lisboa
Vai ser noite e fria noite e vai ser dia
De fogueira pelos olhos e nas mãos
Lisboa novamente ninho de corvos e pombas
Voa!
Peremptória voa para mim e para cá, Musa!
( eu vou lá ter de comboio )
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