segunda-feira, julho 18, 2005

De 14 de Julho a 7 do mesmo

Dia de deitar abaixo prisões
De espatifar cadeias
De correr ruas gritando Liberdades
Tão velhas estão

Agora é tempo de novas fortalezas
De fechar fronteiras
De escutar conversas

Estão entre nós os inimigos
São nós
Ligeiramente mais escuros
Ligeiramente mais cheios de Fé
Ligeramente diferente

Nós exaltamos os cinco sentidos
Eles perferem cinco orações diárias
E há quem pense incompatibilidades
Fatais

Não se lembram das Bastilhas
Já só gritam Guantanamos
Não aprenderam nada

Dias destes fazem-me duvidar Deus
Apesar de ainda O escrever de Maiúscula
Dias destes fazem-me duvidar Homem
Apesar de me saber um

Tudo normal em Queluz Ocidental
Tudo bem no melhor dos mundos possível
Amanhã outro dia, forçosamente melhor
Vai nascer

Vamos contando mortos
Com esperança que sejam tantos, tantos
Que sirva a conta de anestesia
que o número seja divisível por cinco

Talvez amanhã seja o dia
De aprendermos o sexto sentido
O sentido prático

Entretanto vou duvidando Deus
Fortalecendo-me Homem
E numa oração por dia
Rezar a Paz