Mãe - Dois
Pela varanda chegam gritos de crianças o magnifico sol de Setembro o matraquear, por uma vez suave, dos carros no semáforo. Eu sinto-me completo, e bem. Mais um cadáver adiado jaz, à espera, num cemitério escuso, mas aqui, criancinhas para o museu e os carros que agora arrancam para o resto das vidas deles, la tomba é chiusa.
Sabes o que é saber o fim?
Neste jogo de pela a que se resume a vida, muitas vezes mal, há-os de vários tipos. Eu sou um encerrador. Mas também um memorizador. E às vezes, a confusão instala-se nos olhos dos outros. Não faz mal; la tomba é chiusa.
Sabes a que fede um cadáver?
Feito o velório arrumado o luto feita a trouxa recomeça a vida ( mas ela alguma vez acaba? ), fecho os olhos e frente ao mar, no limiar do território das gaivotas, quase que juro que é mesmo o fim. ( mas alguma vez deixou de ser o fim? ). La tomba é chiusa, mas o cemitério continua aberto. Até às seis.
Sabes o que é saber o fim?
Neste jogo de pela a que se resume a vida, muitas vezes mal, há-os de vários tipos. Eu sou um encerrador. Mas também um memorizador. E às vezes, a confusão instala-se nos olhos dos outros. Não faz mal; la tomba é chiusa.
Sabes a que fede um cadáver?
Feito o velório arrumado o luto feita a trouxa recomeça a vida ( mas ela alguma vez acaba? ), fecho os olhos e frente ao mar, no limiar do território das gaivotas, quase que juro que é mesmo o fim. ( mas alguma vez deixou de ser o fim? ). La tomba é chiusa, mas o cemitério continua aberto. Até às seis.
posted by paulo at 8:26 da tarde
6 Comments:
Já tinha gostado do post somar.Agora com este...adicionei o teu blogue aos meus favoritos, parabéns!
sei.
sei a que sabe o fim.
sei tb a que sabe o texto deste texto:
sabe.Te.
o que me deixa sempre à beira de uma alma.
Paulo, alguma vez te disse como gosto do QUE ESCREVES?????????????
____________________beijo.
Dizem qe tudo tem um princípio um meio e um fim. Prefiro o Lavoisier, nada se perde , nada se cria, tudo se transforma.
Julguei saber o sabor do fim mas afinal só conheço o cheiro fétido do corpo sem vida, não sei se o meu fim não será para o outro o começo de algo que desconheço. Também não conheço o fim da minha ignorância, todos os dias aprendo algo. Fecho os olhos mas não preciso, creio que muitas vezes já vivo na escuridão.
Hoje estou cinzenta. Apetecia-me que um grilo verde me saltasse para os olhos.
Um beijo
querido P...
parece...parece mesmo. se calhar até é, mas para mim é :) um Cristo...
coisas...
P.S.
e não te ponhas a discutir comigo...
(olha que sou "basto" mais velha...Ke Koisa..)
beijosssssssssss.
___________________.
Pronto está bem. Os grilos são pretos e parecidos com as baratas.
Enganei-me. Era um faganhoto ou um gafanhoto. Desde que fosse verde um bicharoco qualquer que me surpreendesse era bem vindo. Não quero perder a capacidade de me espantar. Como uma criança que abre a boca em OOHHHH's de espanto ao abrir os presentes na véspera de Natal. Agora sempre que abro a boca ou entra grilo ou sai asmeira , como se vê :)
beijinhos
Quando o fim se aproxima do nosso peito com a força implacável do inevitável abraçamos o que temos de melhor e encolhemo-nos, como se assim o mundo se esquecesse de nós.
Mas ELA, era e continua a ser única, e tua, sempre tua, sempre a querida Mãe.
E está contigo sempre, amigo, não a sentes?
Eu sei que sim.
Um beijo grande, mt grande mesmo!
XI
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