segunda-feira, agosto 15, 2005

Toque a toque

Em dois dedos de conversa
Trocamos as nossas línguas
E na fome das palavras
Matamos da fome mínguas

E em bocas já coladas
Pelas sílabas, pelos sons
Nasceu, devagar, gemendo
Um amor quase tremendo

No frio de um mundo novo
Ainda a medo, lentamente
Nasceu um amor azul
Sem ter Norte, e sem ter Sul

Toque a toque vai crescer
Como planta amada a vento
Assoprado e retorcido
mas belo, perene, sólido

2 Comments:

Blogger Cadelinha Lésse said...

... e eu parti outro sonho ao meio. Estava oco.

terça-feira, agosto 16, 2005  
Blogger maria said...

:)

é uma história nova que aqui contas...
como todas as "histórias" dos afectos, para que ganhe raizes e "saiba" crescer forte,
será "amada a vento", sim.
E, "ainda a medo, lentamente",
se nasceu azul é porque soube (desde logo) respirar.
Deixa que dance agora e
nade em vagas doces ou turbulentas,
calmas ou de monção...
seguirá crescendo, julgo!
rumo ao infinito.
voará longe (?)

Muito! Nunca demais...

terça-feira, agosto 16, 2005  

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