quinta-feira, agosto 11, 2005

Céus

Sob céus cambiantes
Caminhamos a futuro encoberto
Combinações sempre mutantes
Buscamos o longe cada vez mais perto

Ao estender de uma mão
Tocamos mais, cada vez mais
Ao pé dos olhos, ao pé do coração
Buscamos o longe até ao jamais

Nasce o dia novo do Homem novo
Transcende passados cada vez mais lépido
Abraça tantos mundos no seu peito tépido

Alcança as auroras num furor severo
Come os amanhãs com apetite fero
Alimenta a alma plena de futuro

2 Comments:

Blogger maria said...

Buscar longe cada vez mais perto é o mais difícil de iniciar, não é?
Às vezes julgamos tudo demasiado distante, impossível, longe, longe tão longe que jamais nos atreveríamos a fazer-nos ao caminho. Cremos, convictos, que é só assim…
Julgamos ir em marcha certa ou em fogo lento ou em cruzeiro sem destino. Apenas ir. Seguir por aí.
Esperamos futuros envoltos na neblina cega, como se uma sombra quieta e murmurante nos acompanhasse há tanto. Perene.
Pareceria.
Às vezes, raras vezes, estende-se uma mão que nos alcança, que nos acompanha e… o longe tão longe e a distância tão presente, esfumam-se.
Devagarinho ou num repente. Apagam-se elas e abrem-se os caminhos.
Então vemos auroras com outros brilhos e os dias nascem em alvoradas de alento


… conto eu, que nem percebo nada disto e só deixo “os dedos” decidirem o que lhes vai na alma e dizer, assim, de mim

quinta-feira, agosto 11, 2005  
Blogger maria said...

tentaram, as circunstâncias das horas e as canseiras do dia,
baralhar-me as cores...

mas é a proximidade da aurora que me anima e me faz acordar,
deste sono morno, demasiado frio,
que me faz desperta e me leva (ou nos leva) num saltinho,
à certeza do regresso...
e por isso fico, e fico, e fico
acordada!

*

sexta-feira, agosto 12, 2005  

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