quinta-feira, novembro 03, 2005

Canção

A bússola desnorteada
Dá-me tudo e dá-me nada
Já não sei meu horizonte
Em Poente ou a Nascente

Não sabendo d’onde vim
Sei-me não ou sei-me sim
Resta-me então liberdade
De cumprir minha vontade

Eis eu, Mundo, aqui só
Sem bagagem ,vinco ou pó
Vê na minha carta branca
Portal para feira franca

E sem peso nem passado
Vê meu vulto recortado
Contra o horizonte plano
Uma miragem de humano

E sabendo-me caminho
Vem comigo ou vai sozinho
Sobra no tempo a vontade
Para a estrada novidade

8 Comments:

Blogger maria said...

Estava eu tão sossegadinha, a conversar numa troca de palavritas em telefone, quando...
bússolas desnorteadas me fizeram chegar aqui!
Não sei muto bem a que propósito, não sei porque o fiz,
tocou o dito móvel, peguei-lhe e vim sentar-me aqui,
neste nascente sentido de casa...
encontrei-te!
e,
sei que sabes que assim é,
bússolas desnorteadas são o meu forte!

(é como a do carro, tola de todo! já só aponta o sul...)
:)

quinta-feira, novembro 03, 2005  
Blogger mfc said...

Na vida, há que prosseguir sempre. É um dever que temos para connosco.

quinta-feira, novembro 03, 2005  
Blogger Titá said...

Para a frente é que é o caminho e de preferência, sem olhar apara trás.

quinta-feira, novembro 03, 2005  
Blogger isabel mendes ferreira said...

e caminhado se chega ao lugar onde eventualmente será bom ....permanecer....bom dia "caminhante".

sexta-feira, novembro 04, 2005  
Blogger isabel mendes ferreira said...

bolas....esqueci-me de um "n"...ponho-o aqui a caminhar ....(caminhaNdo) :).

sexta-feira, novembro 04, 2005  
Blogger mfc said...

O noso caminho é para ser por nós trilhado... acompanhados ou sózinhos!

domingo, novembro 06, 2005  
Blogger isabel mendes ferreira said...

um bom fim de tarde....oh fotogénico andante de estradas nunca "mudas" :) abraço.

domingo, novembro 06, 2005  
Blogger paulo said...

Caro Antunes: Agradecido e surpreso de ver minha escrita musa, aguardo ( com alguma apreensão, confesso ) futura audição. Se em vez de castiço quiser virar seu indiscutivel talento para o nosso mais digerível fado coimbrão terei gosto que musique um texto de 3 de Agosto que pode encontrar neste. Fala de Mondego e lágrimas e parece adequado a trova. Poderá dedicá-lo a Manuel Alegre, homem-estátua que prezo, e que agora descalço sofre as húmidades do basófias ( o rio, não o bateau_mouche ) Um abraço audiófilo e melómano.

segunda-feira, novembro 07, 2005  

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