quinta-feira, março 23, 2006

O Milagre do Sol


E a carga d’àgua nega-me o sol há já três dias; e é suposto eu sentir-me feliz com este excesso que remedeia a falta dela e o desperdício nosso, e é suposto eu renegar o sol em nome do aquífero, em prol da agricultura, do banhinho diário ( que agora dizem fazer mal à pele, apesar do bem que faz às fossas nasais próprias e alheias ). Nunca mais, My Lord, tu inspiras a Ciência Meteorológica e nos dás um Tempo Certo da Chuva, um Tempo Certo do Sol; nunca mais erradicas a geada que mata a fruta e o bicho da fruta; nunca mais crias a Estação da Neve, apenas nas estâncias e para as instâncias skiadoras. Porquê a Tua sanha climática? Bem, a Teologia, aliada natural da Novena Para Ver se Chove e Agora Ninguém para a Gaita da Chuva, terá explicações obvias. A mim faz-me falta o sol. Encara, ò absurda Divindade, estas linhas como de pesca de milagres ( eu sei que já ouve um em 1917, e que tu não gostas de replays, mas anda lá... pleaaaseee....).

PS: escrito ao meio-dia, parou de chover às 3, às 5.30 estava em frente ao Atlântico, a apanhar sol; prece atendida ou Ironia Divina?

1 Comments:

Blogger banalidadesdebase said...

Ca para mim foi prece atendida! Urra, urra!, que nunca foi atendida no tempo das nossas avos!

Agora vai fazer sol ate a proxima ironia!

quinta-feira, março 23, 2006  

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