Depois de ti
Vi teus olhos pretos fitando, imóveis
As ondas do mar
E vi nesses olhos desejo de sê-las
Vi em teus braços o vazio
E o abraço que apertado lhe deste
E vi-me impotente marinheiro
Incapaz de dominar as tuas vagas
E vi-me de quilha quebrada
Incapaz de encontrar um rumo em ti
As ondas do mar
E vi nesses olhos desejo de sê-las
Vi em teus braços o vazio
E o abraço que apertado lhe deste
E vi-me impotente marinheiro
Incapaz de dominar as tuas vagas
E vi-me de quilha quebrada
Incapaz de encontrar um rumo em ti
3 Comments:
Vais fazer-me repetir vezes sem conta... não sei escrever de jeito a parecer-me com sentido a partir de ti... vês? reparaste? esta frase saiu-me toda conturbada nas palavras que a ela se colaram e nas letras todas agarradinhas que às palavras deram lugar.
Queria conseguir seguir-te o embalo, o balanço, a brisa …
Não, não queria dominar vaga alguma…
não quero tornar calma qualquer maré que se agite.
queria apenas ler nos olhos como sabes fazer,
sentir, nos braços vazios, os abraços que algures consegues reconhecer,
…
mas eis-me aqui quieta. Calada.
à espera.
Olha, há danças que vivem das dissonâncias, há ecos mais pujantes que o som que os criou;
há mais, muito mais, do que o eu e o tu. Na maralha das palavras, cruzamos, sem entender, som e sentido. O mar, esse é simples; e é simples a alma marinheira: quer voltar. Sê simplesmente barco, e se quiseres navegar estas costas, és livre; e ágil.
escuta, hoje que ando a espraiar-me nas palavras do Mia...
"Lançamos o barco, sonhamos a viagem:
quem viaja é sempre o mar."
(desta vez, in Mar me quer)
:)
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