terça-feira, agosto 23, 2005

Arde

No saltar feroz da chama
Ardem montes, ardem vales
Ardem memórias antigas
Ficam de cinza meus males

Já nada resta de mim
Nesta dança ardente e feia
Só saudades de por fim
Ver só terra, só areia

Quero ao verde detestar
P’ra não mais o ver arder
Quero cinza mi bandeira
Já esquecida da fogueira

Labareda, labareda
Arda a mão que te soltou
Não te apagues em su alma
Rói-lhe a carne até ao uivo

1 Comments:

Blogger maria said...

agora pareceu-me imensamente triste...

(mas se ficam de cinza os males... ainda vá, que deles nasça vida, como fénix, colorida.)


[nota de breve-aparvalhar: olha, isso de detestar o verde... atenta, que não te ouça o Pedro!]

terça-feira, agosto 23, 2005  

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