quinta-feira, setembro 08, 2005

Aqui

Aqui pousam as águias do meu sonho
No penhasco altivo e desolado
Miram o vale reduzido em baixo
Já não voam cerceadas asas

Aqui bebem os cordeiros do meu sonho
No arroio lamacento e quase seco
Bebem água em saudades sôfregos
Já não correm pelos campos verdes

Aqui foste o sonho do meu sonho
Nas distantes madrugadas acordada
Cantavas loas pelo sol nascente
Já não ecoam tais rimas lunares

Lua qu’é também a do meu sonho
Agora apenas astro desbotado
Imagem neutra no seu brilho opaco
Sua antiga luz cedeu toda a ti

5 Comments:

Blogger dulcehelenaguerreiro said...

Saudades de uma exigente?
"Serve a espera de antecâmara
ao que queremos "
Um abraço

domingo, setembro 11, 2005  
Blogger mar revolto said...

Gostei :)
Bom fim de semana
beijo

domingo, setembro 11, 2005  
Blogger Rosario Andrade said...

:-) !!!! Muito bom
Abracicos!

domingo, setembro 11, 2005  
Blogger mfc said...

Um poema de embalar... lindo!
A saudade é dolorosamente bonita.

domingo, setembro 11, 2005  
Blogger maria said...

Um dia
(ou melhor, uma noite destas)
lembra-me que te mostre a Lua qu'eu vejo

conta... (se é que podes revelar segredo;)) onde foste parar, possível vale encantado, lugar onde tudo cede a essa quimera sem nome?!

quarta-feira, setembro 14, 2005  

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