Serve a Espera
Serve a espera de antecâmara
Ao que queremos do futuro
Mobilada a esperança-fera
Ambição de muro a muro
Sala ambulante, portanto
Caravana de ilusões
Tenda de circo ao relento
Abrigando multidões
Que futuro é já agora
Já depois do que escrevi
Quando agora é o que fora
Quando o longe é já daqui
Que o futuro não está
Depois de hoje, afinal
O futuro é para lá
E p’ra cá numa espiral
Serve a espera de antecâmara
Ao que queremos do presente
Mobilada a esta hora
E de movimento ausente
Sala quieta, portanto
Estátua fria, mármore branco
Á inércia monumento
Cena imóvel, vasto palco
Que presente nunca é
Nunca foi, jamais será
Que presente apenas é
Vácuo entre agora e já
Que o presente não está
No dia d’hoje, afinal
No presente nunca há
Nada que seja mortal
Serve a espera de antecâmara
Ao que vimos no passado
Mas passado, foi embora
E é caminho encerrado
Sala vazia, portanto
Sem nada que ver por dentro
Só janelas, sem paredes
Em que pendurar lamento
Que passado é para sempre
Já antes do que escrevi
Quando ontem ainda é hoje
Quando o fruto é já semente
Que o passado não está
Antes do hoje, afinal
Nunca está aonde estava
Mobilidade total
São meus olhos Mestre-Tempo
É meu coração sineiro
É de espera o movimento
Tinta não há no tinteiro
E o meu tempo sou eu
E as formas que quiser
E o destino faço-o eu
Com a voz do que disser
Encerro então esta espera
Também antes de esperar
Tenho gente que me espera
Termino aqui meu cantar
Tenho d’ir chocar de frente
Com gente que está lá fora
Que como eu não lamente
O tempo qu’é o de agora!
Ao que queremos do futuro
Mobilada a esperança-fera
Ambição de muro a muro
Sala ambulante, portanto
Caravana de ilusões
Tenda de circo ao relento
Abrigando multidões
Que futuro é já agora
Já depois do que escrevi
Quando agora é o que fora
Quando o longe é já daqui
Que o futuro não está
Depois de hoje, afinal
O futuro é para lá
E p’ra cá numa espiral
Serve a espera de antecâmara
Ao que queremos do presente
Mobilada a esta hora
E de movimento ausente
Sala quieta, portanto
Estátua fria, mármore branco
Á inércia monumento
Cena imóvel, vasto palco
Que presente nunca é
Nunca foi, jamais será
Que presente apenas é
Vácuo entre agora e já
Que o presente não está
No dia d’hoje, afinal
No presente nunca há
Nada que seja mortal
Serve a espera de antecâmara
Ao que vimos no passado
Mas passado, foi embora
E é caminho encerrado
Sala vazia, portanto
Sem nada que ver por dentro
Só janelas, sem paredes
Em que pendurar lamento
Que passado é para sempre
Já antes do que escrevi
Quando ontem ainda é hoje
Quando o fruto é já semente
Que o passado não está
Antes do hoje, afinal
Nunca está aonde estava
Mobilidade total
São meus olhos Mestre-Tempo
É meu coração sineiro
É de espera o movimento
Tinta não há no tinteiro
E o meu tempo sou eu
E as formas que quiser
E o destino faço-o eu
Com a voz do que disser
Encerro então esta espera
Também antes de esperar
Tenho gente que me espera
Termino aqui meu cantar
Tenho d’ir chocar de frente
Com gente que está lá fora
Que como eu não lamente
O tempo qu’é o de agora!
6 Comments:
Bonito cantar esse :)
Beijo
escrito por ti, Paulo?
Gostei. *
Tudo o que aqui aparece, salvo quando digo o contrário, é meu. Fico contente que gostes dos meus versos. Xi.
Fazes como uma boa cigarra: cantas!... e ao fazê-lo deixas um rastro de encanto ao teu redor.
Um abraço fraterno.
...é bonito...muito...uma boa reflexão...muito interessante...e deu-me uma ideia...um abraço...
"Serve a espera..."
uhm
"E o meu tempo sou eu..."
...
e mais e mais e mais, como dizes por aqui, ou n'outros escritos, ou n'outros pedaços de coisas intuídas...
Sabes,
Há palavras juntas que me enchem as medidas!
*
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