DNA
Cruzar o som e o sentido
Numa espiral de DNA
É esta a poesia
Cada palavra, um gene
Cada verso, uma célula
Engenharia genética, a escrita
Pipeta, esta folha muito branca
Estéril
Colonizada aos poucos
Pela virulenta vida
Numa espiral de DNA
É esta a poesia
Cada palavra, um gene
Cada verso, uma célula
Engenharia genética, a escrita
Pipeta, esta folha muito branca
Estéril
Colonizada aos poucos
Pela virulenta vida
4 Comments:
E todos os dias escrevemos uma página na vida que vivemos.
Foi das descrições de poesia mais geniais que li...e em poesia. Muito bom!
e se o que li em DNA fosse além da génese da escrita?
e se a vida (essa sim) teimasse, vezes demais, na impressão de ser ninho de vírus, rabugenta?
e se fosse, pela nossa acção, dando cor às páginas brancas dos dias, que se cantassem nascimentos frescos, contrariando o vazio das horas mortas?
DiaNovoAmanhã e todos os amanhãs re-acordados, pontos de partida, vôos bem lançados?
...
(Talvez porque as 24horas, que ainda restam, estejam quase aí a começar, apeteceu-me ver azul onde o céu insiste apardaçar!)
xi, fortíssimo xi
MT. BOM. ABRAÇO.
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