quinta-feira, junho 01, 2006

Shinning New Machine Gun

Tenho para mim que a parvoíce é endémica à Pátria Lusa, que o sol o mar o monte o penhasco a planície, a bucólica paisage ou o rendilhado urbano ( que atinge o seu máximo nos novéis comboios da CP, desprovidos de WC ) nos pregam partidas, nos distraem, nos fazem sonhar d’ olho aberto e alma clara com amanhãs cantabiles e futuros brumosos que extraímos do filão magnifico da nossa gloriosa História. Bravo povo bravas gentes que desbravámos o mar e o trouxemos para casa connosco para o servir a quem de direito; fomos grandes, imensos, oceânicos; retornaremos a sê-lo. Parvoíce, como Tesei este texto. Assaltámos o mar porque não tínhamos forças para assaltar Castela; quando no Marrocos, fomos, depois de os ter-mos apanhado de surpresa um par de vezes, literalmente chacinados, com névoa, Rex e tudo. Entretanto, na Índia das glórias as nossas baterias flutuantes arrumaram com o invasor anterior, mas durou pouco, o tempo de dizer Albuquerque; por lá ficámos, porque os nossos barcos davam jeito ao comércio externo, até vir a Britânia com uns melhorzinhos. Aí então os Brazis: lá chegados, evangelizamos os índios que não conseguimos chacinar nas senzalas, dividimos o imenso território em fatias e começamos a oferecer viagens gratuitas ao People Africano ( na Famosa Companhia Travel Chibata ou Garrote Cá ). O que corre agora é que inventámos o Samba. Parvoíce. Porquê então este discorrer amargo, agora? Esta História, que já foi a que me contaram nas aulas ( suavizada ainda por alguns tons róseos de ter sido uma história feita de Povo, e o Povo auto-legitimava-se por Direito Histórico ), não é o relevante. O relevante é que fomos, pilhamos e fomos corridos. A nossa Glória é ter sido apanhados. Mas deixámos ferida aberta. Ontem mandámos a GNR para Timor, por Dever aos mais altos princípios da Alma Lusitana. Treta. Fomos porque a tropa quer experimentar as novas metralhadoras, para ver se matam em condições. E fomos porque foi por nossa causa que Timor é hoje independente sem ter havido o mínimo de transição entre a repelente ocupação Indonésia e a criação de um Estado de Direito. Fugimos em 1975; devíamos ter voltado em 2001, pelo tempo que fosse convencionado ( 5, 10 anos ) conferindo a Timor um estatuto autonômico igual ao da Madeira e Açores. Devia-mos isso a Timor e aos seus filhos. Agora, como dizia Pessoa “está boa a cigarreira; ele é que já não presta”.

2 Comments:

Blogger alice said...

não sei comentar

não sou culta

pronto

vou estudar

e depois volto

beijinhosssssssss

alice

sexta-feira, junho 02, 2006  
Blogger alice said...

eu voltei

ainda inculta

só para dar um beijinho

ao meu querido paulo

alice

terça-feira, junho 06, 2006  

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