sábado, julho 08, 2006

Fraga

Procuro
E é no espaço que ficou de ti
Aspiro
E dá-me a impressão que tive e perdi

Assim sigo só
Mas não é seguir que faço
Contemplo
Mas já nada há a ver

A mão vazia sempre esteve vazia
E a vontade que tive de ficar
Foi sempre mais que o desejo de criar
Não sou dos que somam

Há em mim o carácter rochoso da fraga
Imóvel só cedendo episódica
Uma ruga ao vento
Um traço à chuva
Uma tez ao sol

5 Comments:

Blogger Mãe said...

É... nas fragas o ceder é episódico... mas definitivo. Cada ruga fica, cada traço marca.

sábado, julho 08, 2006  
Blogger Sophie said...

"...Procuro
Aspiro
Contemplo
E a vontade que tive de ficar..."

Algo muito subtil, um elemento trazido à superfície, que quase fugiu ao nosso controlo - eis que ele chega até nós, fazendo com que o hoje volte a ser ontem...
Beijinho,
Sophie

domingo, julho 09, 2006  
Blogger alice said...

querido paulo,

adorei o teu comentário

agradeço com toda a minha alma

espero-te bem, amigo

beijinho grande

alice

10 de julho de 2006

segunda-feira, julho 10, 2006  
Blogger isabel mendes ferreira said...

fraga. ao sol.

o teu.

tu


a tua fraga.


os teus olhos a fulminarem os dias.


xi.

terça-feira, julho 11, 2006  
Blogger margarida said...

leio-te aqui e reconheço-me lá. na fraga de ferro. chaga de fogo. no cimo do mundo.

quinta-feira, julho 13, 2006  

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