Vento
Depois da ida o regresso para a entrada o ingresso espectáculo da vida quem te encenou ele há dias que acho que és peça selvagem outras homenagem improvisada ao improviso outros marcha militar à civil fardado de cores foscas e ornado de luzes brancas. Assim, liso como a Ria sem vento mas há quinze dias que faz um vento cruel que já perdi a noção de liso, que já não sei de águas mansas. Voa por cima do Mondego um milhafre que não voava e ainda lhe não decidi o agoiro, aqui só voam espaçadas gaivotas, e há uma cegonha também nova nestes céus antes desertos dela. Para mim o vazio vem sempre depois do cheio, vazio é sempre algo que não era, e agora já não é, sou saudades e gosto, masoquista seria se gostasse, mas nada me dá gosto, hoje. Deve ser do vento. Sopra então repentino ou meigo, mas sopra; sê constante nesta equação irresolúvel, falha-me as contas por seres, acrescenta-te à minha banda sonora. Olha, sopra p’raí. Eu ralo-me, mas um ralar de cristão, de fé e mãos vazias, com preces ready-made e fé em tijolo burro ou de vidro para deixar passar a luz.
3 Comments:
... então e o cigarrinho sob o guarda-sol?... talvez, nesses cinco minutos por dia (...), o vento acalme...
Beijos,
Sophie
boa tarde, paulo
gostei muito de te ler
desejo-te um óptimo fim de semana
um grande beijinho
alice
bom dia
doce ventania!!!!!!!!!!
Xi.
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