quinta-feira, dezembro 20, 2007

29 de Fevereiro

Adormecer o sono pesado pétreo. Não lembrar o sonho. Esse de acordado tenho basto. Mergulhar em mim a quotidiana noite, emergir os despertares insossos, inodoros, indolores. A química. A anestesia. A simetria de estado. O paralelismo mental. Não quero ir dormir porque não quero acordar, acordar não apetece, dormir não se vai.

O carrossel diário na feira já não nómada, estável, com morada fixa e cadastro limpo. A vida sã porque se estoirou a possibilidade de uma outra vida, e o corpo já paga o que não gastou ainda, as vontades, os quereres e os prémios pagos por cauções de dúvida. Ai o correr de noites, que não correm afinal, ou se correm correm em circuito, com a falsa curva para o espectáculo, a recta para acelerar, a meta, o champanhe e os louros. Quadrigas de hábito, as noites.

Mais um ano. Bissexto.

3 Comments:

Blogger Sophie said...

... porque se estoirou a possibilidade de uma outra vida...

Sabes uma coisa:
- A tua escrita vai continuar a acompanhar-me no próximo ano.

Um FELIZ NATAL!
Beijinhos

segunda-feira, dezembro 24, 2007  
Blogger Gi said...

Um BOM ANO para ti e para todos os que te são queridos.


Beijinhos


Gi

segunda-feira, dezembro 31, 2007  
Blogger isabel mendes ferreira said...

b.e.i.j.o................te.

segunda-feira, dezembro 31, 2007  

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