Ontem fui ao Porto ( poema já antigo )
Quase em Campanhã, cruzando o Douro
À esquerda Dª. Maria, velhinha frágil
À direita a do Freixo, ao sol
Parecendo como que digitalizada, a ponte
Truque fotográfico
Depois São Bento
A descida para a Ribeira
Ao cimo, a Sé
E sempre o sol
O sol do Porto, raro e nobre
Pujante, amigo brando
E o rio lá em baixo
Que sempre corre
E o Pilar visto após a D. Luís
E uma patanisca e uma cerveja preta
Tasca antiga, no televisor o Telecine
Um filme de monstros
E eu penso que a realidade é estranha
E refugio-me na ficção de outra cerveja preta
A patanisca a saber a mar e a sonho
Vou para a Foz
O sol põe-se
Adeus, amigo brando
E um charro e uma cerveja deixam-me triste
E o sal que o vento trás deixa-me amargo
Agora estou num bar
O House toma conta de mim
O vodka-limão sabe-me a Verão
E o som cardíaco faz-me desejar-te
Pequena, o umbigo redondo na barriga firme
Peito de rola, pernas de garça
Caracóis pretos tapando a cara
Uma blusa branca como o dia claro
Volto a S. Bento, que a estas horas é cor de laranja
Falta uma hora para o sol nascer, para o comboio partir
Espero, sentado nos degraus da estação
O frio húmido do Porto luta contra o sono
O sono ganha
E durmo
À esquerda Dª. Maria, velhinha frágil
À direita a do Freixo, ao sol
Parecendo como que digitalizada, a ponte
Truque fotográfico
Depois São Bento
A descida para a Ribeira
Ao cimo, a Sé
E sempre o sol
O sol do Porto, raro e nobre
Pujante, amigo brando
E o rio lá em baixo
Que sempre corre
E o Pilar visto após a D. Luís
E uma patanisca e uma cerveja preta
Tasca antiga, no televisor o Telecine
Um filme de monstros
E eu penso que a realidade é estranha
E refugio-me na ficção de outra cerveja preta
A patanisca a saber a mar e a sonho
Vou para a Foz
O sol põe-se
Adeus, amigo brando
E um charro e uma cerveja deixam-me triste
E o sal que o vento trás deixa-me amargo
Agora estou num bar
O House toma conta de mim
O vodka-limão sabe-me a Verão
E o som cardíaco faz-me desejar-te
Pequena, o umbigo redondo na barriga firme
Peito de rola, pernas de garça
Caracóis pretos tapando a cara
Uma blusa branca como o dia claro
Volto a S. Bento, que a estas horas é cor de laranja
Falta uma hora para o sol nascer, para o comboio partir
Espero, sentado nos degraus da estação
O frio húmido do Porto luta contra o sono
O sono ganha
E durmo
6 Comments:
Bonito, sim senhor
Havias de ver o pai dele!
o pai de quem?
o meu "ontem" no Porto é-me tão distante...
mas, talvez, curiosamente, o Douro brilhante e a foz ali ao lado, foram-me quentes na alma e ficaram-me (ficar-me-ão para sempre?) colados ao peito como gosto tranquilo, como embalo sossegado, desejado...
agora não sei bem que fazer-lhes, ao Douro, à Foz do meu caminho, ao desejo, ao percurso (apenas) iniciado.
terei ficado (Fiquei) sem Norte (?)...
Cadelinha: quando eu ia à bola, se havia um jogador que era muito bom, a malta dizia, Havias de ver o pai dele; é um gesto de modéstia; devia ter simplesmente dito obrigado por gostares.
Maria: organiza uma excursão: Serralves, Casa da Músia, Palácio do Freixo, se estiver aberto; Põe mais Porto no teu Porto, diluí a melancólia.
Maria!!!!!!!!!!!!! A minha alma está parva... de CBR ao OPO são uns meros 60 minutos de viagem... mais uns pozinhos
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