À Mãe ( 1928 - 2005 )
De qualquer maneira é findo
O que nunca começou
Singular, a viagem acabou
Acabou, mas eu sigo indo
De qualquer maneira é lindo
O circulo perfeito em que vou
A circular coisa que sou
Que não sendo nada passa como sendo
Que não sendo ave passa como em voo
Que não tendo olhos vê como que vendo
Que tendo passado está aonde estou
Singular destino este que vou tendo
Singular viagem a quem nada dou
Vida vivida como quem morrendo
O que nunca começou
Singular, a viagem acabou
Acabou, mas eu sigo indo
De qualquer maneira é lindo
O circulo perfeito em que vou
A circular coisa que sou
Que não sendo nada passa como sendo
Que não sendo ave passa como em voo
Que não tendo olhos vê como que vendo
Que tendo passado está aonde estou
Singular destino este que vou tendo
Singular viagem a quem nada dou
Vida vivida como quem morrendo
8 Comments:
Um momento muito difícil...
Um grande abraço sentido.
Lindo!
abraço, Paulo *
...
De qualquer maneira é lindo
...
*
o silêncio, estando mesmo ao lado
e
o abraço forte e permanente, ainda que distante, (pre)Sente!
Dizer o quê? Nada. No silêncio também se fala, também se sente a dor alheia.
Um xi
Dorido e belo.
Um abraço fraterno.
Foi bem. Rápida como se soubesse com certeza para onde ia. Como se soubesse ter lançado a rede e saber que vinha ai pesca. Segura dos valores, fiel às origens de mar e viagem, partiu. E deixou. Não saudade vã, largou uma espécie de brisa fresca nas costas, que empurra pelos novos caminhos; não tristezas orvalhadas, mas segurança ponderada nas escolhas. Olhos erguidos, sempre. Só se curvava a Deus. Curvo-me eu perante ela.
...bonita homenagem...juntou-se a nós todos de outra maneira...um abraço...
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