Ao Mundo
Pelo sentido único
Palmilhado a palmas, mãos no chão
Sigo, inevitávelmente sigo
Em frente
E a carta que levo
Como cifra ou chave ou nada
Pesa, um peso leve de destino e ida
Caminho decorrente não corrido
Percorrido em lanço
De uma escada obvia
Ambiciono a derradeira letra
De um alfabeto de provir e lastro
Uma língua de palavra incontida
Toda simples, toda bela, toda carne
Um mastro
Nesse mastro um pavilhão pirata
De quem tira das palavras alimento
E ouvi-las é já saque e provimento
Do poema enquanto arte
De um todo que se parte
Eis a estrada metaforicamente estreita
Do articulador de versos
A fala
Eis um jardim de Cândido
No melhor dos mundos possível
E penso na enchada a pena
Num plantar de sentidos vegetais
E sou então cultor
Em papel de frases banais
No papel dos meus dias normais
Hoje, era uma hora e o sol pintava
sobre mim as cores deste Outono velho
Peguei num guardanapo no café
E comecei este poema sobre vias
Acabo agora, sendo certo
Que poemas viajam dentro de mim
Sem sossego tricoto estrofes na memória
E quando enfim saí, saí assim
Aldeia lacustre esta minha escrita
laboriosamente estacada beira-lago
Vivendo da rede que intermitente lanço
Ao Mundo.
Palmilhado a palmas, mãos no chão
Sigo, inevitávelmente sigo
Em frente
E a carta que levo
Como cifra ou chave ou nada
Pesa, um peso leve de destino e ida
Caminho decorrente não corrido
Percorrido em lanço
De uma escada obvia
Ambiciono a derradeira letra
De um alfabeto de provir e lastro
Uma língua de palavra incontida
Toda simples, toda bela, toda carne
Um mastro
Nesse mastro um pavilhão pirata
De quem tira das palavras alimento
E ouvi-las é já saque e provimento
Do poema enquanto arte
De um todo que se parte
Eis a estrada metaforicamente estreita
Do articulador de versos
A fala
Eis um jardim de Cândido
No melhor dos mundos possível
E penso na enchada a pena
Num plantar de sentidos vegetais
E sou então cultor
Em papel de frases banais
No papel dos meus dias normais
Hoje, era uma hora e o sol pintava
sobre mim as cores deste Outono velho
Peguei num guardanapo no café
E comecei este poema sobre vias
Acabo agora, sendo certo
Que poemas viajam dentro de mim
Sem sossego tricoto estrofes na memória
E quando enfim saí, saí assim
Aldeia lacustre esta minha escrita
laboriosamente estacada beira-lago
Vivendo da rede que intermitente lanço
Ao Mundo.
3 Comments:
Bonito!
;)
SÓ EXISTEM DOIS DIAS NO ANO EM QUE NADA PODE SER FEITO. UM CHAMA-SE ONTEM E OUTRO AMANHÃ, PORTANTO, HOJE É O DIA CERTO PARA AMAR, ACREDITAR, FAZER E PRINCIPALMENTE VIVER!"
FELIZ NATAL!!!
só quero mandar um abraço e o desejo de Boas Festas a todos são os desejos do blog O Piolho da Solum ao Paulo
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