quinta-feira, janeiro 12, 2006

Medo

Medo
Esse grande astronauta de luares
Sinónimo em todos os lugares
Do fim do Eu
Do arrepio
Do fio
De navalha eterna

E então o medo difuso
Em parafuso
Medo sólido e bruto sem motivo ou razão
Só sensação
De medo
Sem alvo ou substância
Só ânsia
Só medo

Na insegurança do primeiro passo
No temor do primeiro beijo
No desespero do primeiro amor
Do desconsolo da primeira perda

Forra intestino a escolha
Arma e solidifica a verdade
Mas alastra às vezes sem controlo
O medo tolo
De tudo e nada

E nada o para
Quando ele se instala
O tudo medo e o medo nada

6 Comments:

Blogger isabel mendes ferreira said...

e aqui fico entre o medo nada e o medo tudo numa simbiose perfeita onde uma escrita enxuta se expande. generosamente.

Gostei mt. Mt.

beijo Paulo.

quinta-feira, janeiro 12, 2006  
Blogger maresia said...

qual é o teu maior medo?

quinta-feira, janeiro 12, 2006  
Blogger Mãe said...

Medo das perdas.
Medo de perder o que já sentimos nosso mas principalmente medo de perder o que nunca tivemos. Este é para mim o pior de todos.
Medo da desesperança.

sexta-feira, janeiro 13, 2006  
Blogger paulo said...

Medo de cães. Mas ando em terapia com uma psi e seu cão.

sexta-feira, janeiro 13, 2006  
Blogger Cadelinha Lésse said...

He, He... eu aposto que sei o nome desse canito! E de S. Exa. a dona...
Vá, não há motivos para ter medo de coisa nenhuma. Isso paralisa as ideias e os movimentos, pior do que o frio mais frio.

Bom fim-de-semana para os três (canito incluído, pois bem)

sexta-feira, janeiro 13, 2006  
Blogger Rita said...

dou por mim com medo das Letras e a fugir-lhes, em todos os lados... acreditas?


perdoa-me, Paulo.

*

domingo, janeiro 15, 2006  

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