Abril
Um Abril de águas mil entrou em correntezas; e eu, numa segunda-feira de calor ainda anormal desapareci sob o peso de uma mágoa estranha, como se alguém me tivesse ofendido e eu não tivesse ouvido bem, mas o som, mais que o teor, me moesse, me picasse, me transformasse em amorfa criatura, só com desejos de casa e janelas trancadas. Espaireci, comme d’habitude; estes moods de mi alma são como carrossel, quando estamos no melhor da volta param, e é tempo de descer e entregar mais uma ficha. Não me dá a minha natureza tempo de me habituar a mim mesmo. Homem de voltinhas, hoje aqui assim, amanhã ali assado, monótona vida que me não fixa sequer o temperamento. Do céu de um cinzento muito claro caí uma chuva miudinha e continua, a que o vento vai variando o grau de inclinação; eu, eu vou esperando que algo não mude.
2 Comments:
Pois é. Como eu te entendo (desta vez).
Resta-nos o consolo de sabermos que apenas das mudanças bruscas (de tonalidade e temperamento do céu resulta o arco-írís.
Voltei a passar porque também eu vou fugir por uns dias e por isso desejo desde já Boa Páscoa e Boas Férias se for caso disso!!
Bj
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