sexta-feira, setembro 22, 2006

Déspota

Déspota de mim caio em Bastilhas
O peito em estilhas a cabeça cortada
Às tiras

Corre-me entre as orelhas
O som cozinhado das eras
E já não eras mesmo quando foste

Sei de mim que a vontade de ir
É a de partir de mim
Abandonar-me de todo

Sei que fugir é ilha
Porque já fugi em ilha
E encontrei-me de velho

Não nunca fui novo
Todas as minhas descobertas
Nasceram dos meus olhos

Não nunca quis nada
Que se adianta-se aos desejos
Que fosse prévio aos sonhos

Alto coração pairas tão alto
Que mesmo sendo meu nada me dás
Desce volta atrás

Quero o dia da mão vazia
Da nota solta
Da maré alta

2 Comments:

Blogger Sophie said...

já desejei saber onde este mundo acabava, mas não encontrei as estrelas necessárias para fazer um céu delas. E cada vez que me lançava do alto da montanha, acabava de joelhos a chorar, por ter caído mais uma vez.
... e era menina novamente, a chorar de olhos brilhantes, pelo conforto de um abraço, ou de uma mão mais carinhosa.

Beijinhos.

sexta-feira, setembro 22, 2006  
Blogger isabel mendes ferreira said...

tb.....se pudesse. de maré alta.



solta. a ler.te.



beijo.

segunda-feira, setembro 25, 2006  

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