Raio de Sol
Denoto com gozo que subsiste a nota
Na pauta de vidas submetidas ao constante som
Como um acordeão que ouvi há dias
No puxar e empurrar sopra música
Nada pára a valsa triste
Dos bailarinos da guerra
Nas vagas tingidas
Nada-se sem pé
Delicada a trama da chuva em Agosto
Que cai mas quase não molha o chão quente
Pincela só com uma nitidez miúpe
O verde dos verdes e cessa logo
A chuva bombeira substitui com vantagem a sirene do quartel
Soldados da paz em paz as mangueiras frouxas
E suspeito melancolia entre os botões das fardas
Um brincar com fósforos nos impacientes bolsos
Ai Agosto roleiflex de fotos amarelas
( Tenho uma fotografia de 1920 com o vovô bombeiro
é o único sem bigodes enrolados 15 anos não davam direito )
Ai onde ardem os fogos da memória se persiste a chuva ?
Um dia de Agosto sem direito a azul
Podia ir ao mar mas suspeito-o cinza
E este clima de suspeitas não me faz arder
Só me dá vontade de um raio de sol
Agarro-me às cordas de um quarteto delas
Dissonantes e russas e também melancólicas
E penso Moscovo a arder em pleno Inverno
E que a cor da guerra é da cor do fogo
A ironia do carrossel e da barraca de tiro
Carrinhos de choque e choques frontais
As troupes das feiras são tropas de assalto
E o veraneante civil inocente
E levo-me para quando passava três meses na praia
Quer quisesse ou não era religião
( salvo aos domingos que havia missa )
E quando chovia era uma alegria
E fico lá a furar ondas sem conotações
A puxar redes que só traziam peixe
E a ser menino louro e lindo
Benzido de praia e raio de sol
Na pauta de vidas submetidas ao constante som
Como um acordeão que ouvi há dias
No puxar e empurrar sopra música
Nada pára a valsa triste
Dos bailarinos da guerra
Nas vagas tingidas
Nada-se sem pé
Delicada a trama da chuva em Agosto
Que cai mas quase não molha o chão quente
Pincela só com uma nitidez miúpe
O verde dos verdes e cessa logo
A chuva bombeira substitui com vantagem a sirene do quartel
Soldados da paz em paz as mangueiras frouxas
E suspeito melancolia entre os botões das fardas
Um brincar com fósforos nos impacientes bolsos
Ai Agosto roleiflex de fotos amarelas
( Tenho uma fotografia de 1920 com o vovô bombeiro
é o único sem bigodes enrolados 15 anos não davam direito )
Ai onde ardem os fogos da memória se persiste a chuva ?
Um dia de Agosto sem direito a azul
Podia ir ao mar mas suspeito-o cinza
E este clima de suspeitas não me faz arder
Só me dá vontade de um raio de sol
Agarro-me às cordas de um quarteto delas
Dissonantes e russas e também melancólicas
E penso Moscovo a arder em pleno Inverno
E que a cor da guerra é da cor do fogo
A ironia do carrossel e da barraca de tiro
Carrinhos de choque e choques frontais
As troupes das feiras são tropas de assalto
E o veraneante civil inocente
E levo-me para quando passava três meses na praia
Quer quisesse ou não era religião
( salvo aos domingos que havia missa )
E quando chovia era uma alegria
E fico lá a furar ondas sem conotações
A puxar redes que só traziam peixe
E a ser menino louro e lindo
Benzido de praia e raio de sol
3 Comments:
oh....mas eu não acredito.....valeu a pena...:) vir de tão longe saber novas de ti...Paulo....!!!!!!!!!!
deixei no profile do Piano um coração masai....se quizeres espreitar...em Outubro volto, penso a abrir o Piano....
até lá....beijos...
e p.f. nao nos deixes tanto tempo sem ti....:)
plim!!!!!!!!plim!!!!!!!!!!!!plim!!!!!!!!!
_______________como se fosse não sendo a campaínha que tenta dizer: olá menino de caracois ao vento...
(brinco....como se vê).
beijos.
querido paulo,
agosto sabe melhor contigo
um grande beijinho para ti
alice
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