Avô
A voz que já não ouço temperada e rude
A voz que não ouço que se calou de todo
Sei em mim gravada e resguardada e oca
À espera do gatilho que a dispare e mude
Sim eu sei do som a constante ronda
Que me rodeia marcial e protectora
Sim eu sei da memória o paquiderme
Que é derme por dentro e mais por fora
Vou na cavalgada maré da esperança
Ouvir o búzio soprado das galés
Navegar o mar da morte minha
Vou em tropel anárquico por doce
Ouvir-me em mim a gritar teus olhos
Olhos que cantavam a inaudível voz
A voz que não ouço que se calou de todo
Sei em mim gravada e resguardada e oca
À espera do gatilho que a dispare e mude
Sim eu sei do som a constante ronda
Que me rodeia marcial e protectora
Sim eu sei da memória o paquiderme
Que é derme por dentro e mais por fora
Vou na cavalgada maré da esperança
Ouvir o búzio soprado das galés
Navegar o mar da morte minha
Vou em tropel anárquico por doce
Ouvir-me em mim a gritar teus olhos
Olhos que cantavam a inaudível voz
2 Comments:
ou então, nas palavras do poeta, a voz só audível aos olhos... beijo *
A saudade não é só perfume dos dias mórbidos, mas penhor da ressurreição,... coisas que por excesso de vida não morrem
(Eduardo Lourenço)
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