quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Branda

Na mais longa tarde do mais longo dia
Choveu a mais branda chuva do mais brando céu
Choveu na minha raiva e choveu nas minhas mãos
Abertas a ela suplicantes como em reza antiga

A verdade é que a vida me ensinou a prezar
A sinceridade como coisa boa e bela
A verdade é que a verdade me ensinou
Que tem caras que são feias necessariamente feias

Assim, pela chuva branda aceito como necessária
Toda a falta, todo o grito, toda a falha útil
Assim, pelos dias longos cala-se lento o lamento
E preza-se, como útil, a malha da rede como a própria rede

3 Comments:

Blogger isabel mendes ferreira said...

nunca brando nada aqui.


nem branco.



______________


a verdade é uma malha apertada.

felizmente.


______________


beijo. à chuva.

quinta-feira, fevereiro 15, 2007  
Blogger Frioleiras said...

Adoro chuva ...

"je vous offre des perles de pluie , venues de pays ou il ne pleut pas ..."

sábado, fevereiro 17, 2007  
Anonymous Anónimo said...

boa tarde, paulo brando. bom fim de semana. beijinho.

sábado, fevereiro 17, 2007  

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