Pagão
Num silêncio obrigado pela hora lírica
Mesmo entre o ruído mastigado do mundo
Surge a palavra escrita a dizer-se em mim
Nas orações pagãs que em mim ecoam
Como soo, ó deus quebrado, se pelos olhos me leio?
Escrever a palavra é igual a ouvir dentro
A voz-catástrofe que se afunda num oceano negro
Porque me fixo então à folha branca?
Num arrepio de mártires escoam os rios
Vermelhos do desejo e da fome
E as minhas mãos cantam presentes serenos
E eu dou, mas não dou nada
Mesmo entre o ruído mastigado do mundo
Surge a palavra escrita a dizer-se em mim
Nas orações pagãs que em mim ecoam
Como soo, ó deus quebrado, se pelos olhos me leio?
Escrever a palavra é igual a ouvir dentro
A voz-catástrofe que se afunda num oceano negro
Porque me fixo então à folha branca?
Num arrepio de mártires escoam os rios
Vermelhos do desejo e da fome
E as minhas mãos cantam presentes serenos
E eu dou, mas não dou nada
1 Comments:
boanoitepaulomaistempodoceamigo *
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