quinta-feira, março 08, 2007

Quatro a Quatro e Três a Três

Sendo suposto o poeta
Sentir mais que o civil
Estruturemos a treta
Com um poema servil

Sim, ó musas de meu fado
Sofro de coração transbordado
Sinto na ausência d'ideia
O som cavo de uma melopeia

Ver a nota e não ouvir o som
Cantar, sempre mas fora do tom
Ter na mão o peso da caneta

Sim é crime que alguém prometa
A si mesmo o nome de profeta
E Cassandra acertar mas não no bom

Sim o desejo desce como um rio
Começa pela fonte em mero fio
Mas depois à chegada em mar ardente
Apaga-se nulo e já nada sente

As minhas olheiras românticas
O meu andar tropeçado
Não pedem às físicas quânticas
O nome do inominado

Sonetam-se porque dá jeito
Quatro a quatro e três a três
Esquecem a métrica, está feito

A chave d'ouro outra vez
Como marca de eleito
A rubrica de quem fez

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

adorei o assédio do menino. muito gentil. mas acusou-se também uma menina. tem sido muito agradável a partilha que se tem gerado. eu já tinha dito que nos podíamos ver no porto. adorava, aliás. marca isso, ok? para ontem ;) beijinho grande.

quinta-feira, março 08, 2007  
Blogger Sophie said...

... talvez um desejo de mais...

... talvez a maior queda foi Ela saber que Ele era outro, que não Ele...

Um beijo meu e um XI.

quinta-feira, março 08, 2007  
Blogger isabel mendes ferreira said...

o Eleito.



morada. mora aqui.



eu?



só por um breve instante.

Tu?


éS.


BEIJO.

sábado, março 10, 2007  

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