quarta-feira, abril 04, 2007

Vai dar ao Mar

Numa ânsia de pulo e salto
De transposição
Tenho no corpo e no espírito
A convulsão

A teimosia de separar o todo
Começa por mim
Porque divido a ideia do contorno
Se é igual o fim?

Catacumba bipolar a minha alma
Toda a vida condenada a ser seu par
Um dia a profunda calma
No outro a raiva solar

Num dia o fecho o trinco a porta
Noutro o grito que nada comporta
Num dia a bacia da represa
Noutro vem a cheia e a correnteza

Vai dar ao mar vai dar ao mar
Sei que este meu rio lá vai dar
Se não chegar se não chegar
Então irá onde deve parar
Então irá onde deve parar

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

e quanto custa um bilhete para ir neste rio só teu? tenho uma canoa que fiz com dois lugares. queres ir a remar? ;) beijinho grande *

quarta-feira, abril 04, 2007  
Blogger Gi said...

Somos todos um pouco bipolares e é aí nessa disparidade de sentidos e emoções que vamos buscar o nosso ponto de equilíbrio. Nada é estático, tudo se transforma no manhã. Ate o rio doce se tona salgado quando vai ter com o mar.
Sem estas mudanças tudo seria extremamente monótono não?

Bjs

quarta-feira, abril 04, 2007  
Anonymous Anónimo said...

boa noite, paulo. espero-te bem. logo que possas, dá notícias. o jantar em lisboa não vai ter o mesmo sabor sem ti... beijinhos *

quinta-feira, abril 12, 2007  

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