sexta-feira, março 23, 2007

Flores

Sem palavras, sem caras se constrói nossa ausência
Como sem flores destiladas a impossível essência
Em tridimensional mapa deslocamo-nos pontos
Sabendo em vértice impossíveis encontros

Nas rotas marítimas trilhamos oceano novo
Caravelas contrárias sem costas à vista
Sem vista na vista olhar despejado
A ilha, ó a ilha do destino marcado

Partir de ti e não te carregar lastro
Seria sair de mim e ancorar antes
Ó ferro da corrente da minha estória vaga
Envolve-me em fio de leve amarra

Queria ser o que era antes do que sou agora
Mas não me concede a memória o lapso
Sigo e não olho nunca para traz
E o vento que me leva és tu quem o traz

1 Comments:

Blogger isabel mendes ferreira said...

...não sei se se pega....



não sei....mas esse é o vento que me empurra...melancólico.





beijo.


Paulo. "glicínico".

sexta-feira, março 23, 2007  

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