quarta-feira, maio 09, 2007

Ténue

Pelo passadiço normalmente estreito
Que medeia o coração de outro
Vamos no vai e vem precário
De viver inseguramente no balanço

Levados pela temperatura
Do sangue nuns rigorosos 36,5
E eu, que já estou nos 38
Tenho febre e vou, continuo a ir

Num fandango hereditário
Ou nas redes da família
Tenho outro ponto de vista
Sei-me equilibrado sólido

Estranha dança sem heróis
O dia a dia matizado longo
Um carvão na mão apagado luz
Mas apenas da memória ténue

2 Comments:

Blogger Gi said...

É sempre um prazer vi aqui espreitar-te e ler-te (mesmo sem comentar porque para além de tudo o resto também ando preguiçosa) mesmo não havendo por aqui passarinhos :O).

Deixo um beijo de boa noite

quinta-feira, maio 10, 2007  
Blogger Sophie said...

A memória é o que nos resta, quando a vida nos rouba tudo o resto.

XI

quinta-feira, maio 10, 2007  

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