quarta-feira, junho 13, 2007

Deixa Chover

A ruína que se avezinha. A avezita. A visita da vizinha. A aliteração como ferramenta melódica. O som mais uma vez como único sentido. O Verbo, principalmente no principio. Na abrupta golfada de ar, do primeiro ar, que sorvemos ao mundo. O choro. A construção quotidiana do ir. Porque temos de ir. Devir. A arquitectura imbricada do vocábulo. O cabelo. O fio de seda. O bicho. O cabelo cai em Outonos meus. Em silêncio, na câmara lenta de reclame contra a caspa. Sinto-me linike.

Alguém escreveu por aqui que eu andava a procura do que já tinha encontrado. Sim, pensei, mas quero encontrar mais vezes. Quantas possa.

Mau tempo para o Stº. António. Nascido em Stº. António dos Olivais, morando à sombra de uma Capela de Stº. António ( de Lisboa ), sendo ainda afilhado-neto ( eu explico ) do mesmo Santo ( meu avô António era afilhado, via sacristia, do Santo em Pessoa ) com papel e tudo, sinto-o como uma ofensa pessoal de S. Pedro. Há guerra para os lados do Céu. Um era Doutor, outro Pescador reclassificado em Pilarete do Catolicismo. A Sabedoria contra a Engenharia. Que dirá o Supremo Arquitecto? Deixa chover, no correr dos eons acertam-se as contas.