quinta-feira, junho 14, 2007

Falha

A nuvem deixa que o vento a pinte por toda a gama cinza
Borrões de azul
Vento a Sul e ao frio e eu
Sei que como sempre este céu é meu

Tenho em mim a vontade absurda
De tão absurda nem eu sei qual é
Um espírito de mudança que me morou antes
Não me incomoda mais
Por isso é outro

Assombro-me a mim mesmo no derrapar dos dias
No nascer fácil das manhãs pelas minhas janelas
E desisto que desistir é admitir
Novo começo, nova curva, ainda mais céu

A esperança colorida do melhor
É da cor da nossa cor mais querida
Falha a mão, falhe a ideia
Não falhe a Fé

3 Comments:

Blogger Sophie said...

Fui mais uma vez atravessada pela fúria de te ler ininterruptamente...
... sabes que eu concordo contigo?
Deixamos fugir a perfeição, deixamos fugir o momento do auge e tudo o que se segue é pura desconstrução do que fora sentido.
Por isso nunca acabamos em grande como nos filmes, nunca toca aquela música perfeita, nunca estão as pessoas perfeitas no momento da nossa morte. Estamos tal como somos. Imperfeitos. Demasiado imperfeitos.
O teu texto não está cheio de imperfeições e isso prova que quando escrevemos temos alguma facilidade de atingir o auge, de ficarmos perto do actual ideal de perfeição.

XI

sexta-feira, junho 15, 2007  
Blogger isabel mendes ferreira said...

E desisto que desistir é admitir
Novo começo, nova curva, ainda mais céu...


____________________


plagiar-te começa a ser um vício....



tu dizes por mim...







____________________Bjo.

sexta-feira, junho 15, 2007  
Blogger Gi said...

Fiquei compeltamente assoberbada com este poema. É lindo Paulo.
Deixo um beijo

sexta-feira, junho 15, 2007  

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