quinta-feira, junho 21, 2007

Placenta

Estabelecida como boa a imensidão do eu
Sabendo minha a dimensão do mundo
Filho da terra neto da estrela criatura do nada
Fecho as portas e apago-me sol

Viver é ser extensão e a extensão é toda
A camaradagem com toda a coisa viva
E sabendo a vida rodeada a tudo
A extensão de mim é a conclusão do todo

Sou na continuidade do tempo
Estou na permanência do espaço
Vou que me levam ventos
Não chegarei a lado nenhum

Derrama o céu o azul sobre as águas
E a muralha de nuvens lambe-me a pele fria
A canção do mar sabe a placenta
E a fome de mais quase se contenta

5 Comments:

Blogger Gi said...

E o céu desce vestido em ondas de azul. Azul céu, azul mar, azul indigo, feito azulejo antigo, como a história desta cidade. Desce a noite a faz da luz sombra, misturam-se as águas todas da mesma cor. Cai a noite. Ofereço-ta em forma de poema inacabado.

Um beijo

quinta-feira, junho 21, 2007  
Blogger isabel mendes ferreira said...

Paulo...

:)))))))))))))

Também. mt. mt. mt. em vários idiomas....:))))))))))).



volto. amanhã.

quinta-feira, junho 21, 2007  
Blogger Sophie said...

... êxtase é o que sinto perante a imensidão que não consigo agarrar...
... quebro todos os espelhos dentro e fora de mim...

...
Boas Férias, para ti tb!
Um XI

sexta-feira, junho 22, 2007  
Blogger isabel mendes ferreira said...

"Sou na continuidade do tempo
Estou na permanência do espaço
Vou que me levam ventos
Não chegarei a lado nenhum"

________________

mentira P.

chegas alto e "fundo"...(contraditório? Não. juro)

a um dentro que é de um sempre.


extensível e dizível só com as tuas palavras.


_________________

de placenta. que é vida.

___________________

beijos.


"joaninos"....

sábado, junho 23, 2007  
Blogger Sophie said...

Palavras assim só mesmo quem as conhece por dentro.
Um XI

terça-feira, junho 26, 2007  

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