quarta-feira, novembro 29, 2006

Xávega

Dar-me para a rima como dar-me p’rai
Fazer certinho como quem não ri
O belo tijolo ainda não parede
A bela bateira a lançar em rede

O inspirado grunhir da besta
Desenhado para domar a floresta
O grito da dor de quem ainda não sabe
O tamanho da dor que a si lhe coube

Tornado soneto em número de versos
Que os decassílabos são estranhos
E a língua que escrevo não cabe em grelhas

Como os bois da tal rede a formar parelhas
Ponho par a par as palavras velhas
Enfeito conceitos quadras e tercetos

1 Comments:

Blogger isabel mendes ferreira said...

eu não sei "rimar" nem "sonetar"....



:leio-te.



com os olhos do encanto.




sempre.




beijo Paulo.

quarta-feira, novembro 29, 2006  

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