segunda-feira, dezembro 11, 2006

Casa

A minha alma é uma estranha casa
Estranhamente sobreposta na encosta
De todas destacada
Contrastada de céu e branca cor
Telha rubra, luminosa e fria
De um sol precoce iluminada

É casa, como tantas
É alma, como tantas estranhas casa
Só, na continuidade monótona das outras
Outra, monótona e continua

Destaco-a:
É a minha casa-alma
Por minha ser
Por ser diferente a minha vida
Por mim me sentir com tantos outros
Por ser só eu
Por me dar o sol desta maneira

Destaco-a:
Porque sim
Sei eu lá que caminhos segue a vista
Quando absorta contempla a própria porta
Sei eu lá o que se esconde no meu sótão
Sei eu lá o que guarda o meu portão

5 Comments:

Blogger Sophie said...

"Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição de qualquer semelhança
No fundo."
(Fernando Pessoa)

Um XI

terça-feira, dezembro 12, 2006  
Blogger maresia said...

Todas as casas são almas e todas as almas são casas. Talvez umas mais estranhas do que outras.

terça-feira, dezembro 12, 2006  
Blogger isabel mendes ferreira said...

Por ser só eu
Por me dar o sol desta maneira
______________ Tu______________


artesão.


de um indizível "quarto sempre crescente/sapiente"


beijo Paulo.

quarta-feira, dezembro 13, 2006  
Blogger Sophie said...

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma. Mesmo quando o corpo pede um pouco mais de alma. Eu sei, a vida não para.

Um beijinho.

quinta-feira, dezembro 14, 2006  
Blogger alice said...

sabe bem passar uma tarde em tua casa *

sábado, dezembro 16, 2006  

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