quinta-feira, dezembro 07, 2006

Perdido

Falhou-me uma vez quem me falhava
Faltou-me pelo tempo de um abraço em falso
Há um buraco em mim do seu tamanho
E o resto de mim parece perdido

Se houvesse uma faca para raspar da pele
A necessidade de outro toque agora
Se houvesse em mim desejo de esquecer
Partir de ti amor Poente

O amor é uma paisagem rara
Que tem solo que tem céu
A mim não me deram o mapa
E o único relevo é ela

É, ando perdido
As pedras não rejeitam
E os tolos vêm nelas sins
Dói-me o oco das mãos

5 Comments:

Blogger maria said...

É o que se passa, talvez, quando se têm objectivos demasiado pequeninos, assim, do tamanho do furinho do umbigo, que tudo se perde quando se deixa de ter o que julgavamos ter obtido...

Digo eu, mas eu tenho mesmo muito mau feitio! ;)

E, olha, o vazio é sinal de mais espaço para algo novo, provavelmente, melhor!

(Não te esqueças que tu és daqueles que aprendem com os passos dados! e, se eu que sou o que sou, ainda consigo ver que os que são como tu és, podem chegar a novos caminhos quando menos esperam... acredita nisso e vai, lança-te em nova corrida outra chegada!

Há dias fui ver um espectáculo infantil e lá dizia-se ao protagonista que não tivesse medo, que já tinham lido o livro e lá estava escrito que ele teria sucesso! é mais ou menos assim! Um dia, ainda vou dar-te os parabéns pela história da vida! parece-me que poderei ser observadora atenta).

quinta-feira, dezembro 07, 2006  
Blogger Sophie said...

... o imenso infinito indefinível, tormento da estreiteza dos horizontes que não são de ouro, de cinza quanto muito.
Beijinho grande

quinta-feira, dezembro 07, 2006  
Blogger isabel mendes ferreira said...

quem tem as tuas mãos nunca nada será oco...


digo eu que sei pouco do muito que se raspa fora da pele....:)


____________

tamanho dizer não se esquece.


Paulo.


boa tarde.



xi.

quinta-feira, dezembro 07, 2006  
Blogger banalidadesdebase said...

ui, mano!
amor sem mapa territorio sem geografia
direccao virgem
caminhar em desejo
possibilidades acrescidas.

De mansinho vou recuperando antigo ritmo
novas estorias em viajens partilhadas
no caminho que vamos criando.

Um sorriso!

quinta-feira, dezembro 07, 2006  
Blogger Escuta o teu mundo... said...

Talvez não estejas, e já te tenham encontrado.
Quem fala assim é porque sabe onde está e já atracou.
um Abraço.

sexta-feira, dezembro 08, 2006  

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