quinta-feira, julho 05, 2007

Caminhando

Rente à pele um vento agora manso
Mais acima um sol pouco clemente
Ando plácido e esqueço o tenso

Correr do viver diariamente

Nadar na vida como em água fria
Boiar ao sol como lenho ou alga
Despido de tudo o que antes havia
Ser o nada misturado à vaga

Ter de mim a transparência a limpidez
Não sentir nada entre o eu e o mundo
Não ter mais de esperar em vez

De ser e ser pouco profundo
Sim, o mundo é de quem fez
Sentir de si e dar amando

Sim o mundo é de quem faz
A sua vida como caminhando

4 Comments:

Blogger Gi said...

Despojarmo-nos dos pertences...
Pertence-nos ou pertencemos-lhe?

Seduz-me essa leveza .

beijinhos

quinta-feira, julho 05, 2007  
Blogger Sophie said...

... e breve manhã se fez à estrada de mil perigos com a vida como bagagem e a bússola conscientemente esquecida para que os passos fossem do destino...
... partiu com a certeza de um aprendiz que já é mestre.
XI

sexta-feira, julho 06, 2007  
Blogger isabel mendes ferreira said...

re.caminhando. para aqui.




sempre na expectativa do re.encontro.



beijos Paulo.

quarta-feira, julho 11, 2007  
Blogger paulo said...

Y:
Longe de casa, a ser formado em contra-ordenações, sete horas ao dia. Aveiro é bonita, mas chata, e meu coração de poeta ( como diz Caetano ) anda espartilhado no rectangular de ruas estranhas, e não consegue sequer a glória de perder-se. Você também anda agora incomentável ( há quem diga que sempre o foi, mas eu nunca acreditei, e tentei várias vezes ), pero que nos leba la bida a este hiato; que por definição é escasso ( não no sentido de curto; estreito). Agora perdi-me, o que não consegui nos últimos dias. Você faz-me bem. Xy. Bonito blog, o novo, Fez.me pensar na Rainha Santa, e aquela estória dos pães. Xy.

quarta-feira, julho 11, 2007  

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