29 de Fevereiro
Adormecer o sono pesado pétreo. Não lembrar o sonho. Esse de acordado tenho basto. Mergulhar em mim a quotidiana noite, emergir os despertares insossos, inodoros, indolores. A química. A anestesia. A simetria de estado. O paralelismo mental. Não quero ir dormir porque não quero acordar, acordar não apetece, dormir não se vai.
O carrossel diário na feira já não nómada, estável, com morada fixa e cadastro limpo. A vida sã porque se estoirou a possibilidade de uma outra vida, e o corpo já paga o que não gastou ainda, as vontades, os quereres e os prémios pagos por cauções de dúvida. Ai o correr de noites, que não correm afinal, ou se correm correm em circuito, com a falsa curva para o espectáculo, a recta para acelerar, a meta, o champanhe e os louros. Quadrigas de hábito, as noites.
Mais um ano. Bissexto.
O carrossel diário na feira já não nómada, estável, com morada fixa e cadastro limpo. A vida sã porque se estoirou a possibilidade de uma outra vida, e o corpo já paga o que não gastou ainda, as vontades, os quereres e os prémios pagos por cauções de dúvida. Ai o correr de noites, que não correm afinal, ou se correm correm em circuito, com a falsa curva para o espectáculo, a recta para acelerar, a meta, o champanhe e os louros. Quadrigas de hábito, as noites.
Mais um ano. Bissexto.