Invisível
Capaz de pensar e agir
Capaz de agir sem pensar
Capaz de amar e sofrer
Incapaz de te ver
Sofro do espírito míope
Que te desfoca inteira
E se penso penso ver
Não há visão verdadeira
A barreira da língua
A muralha da China
O não saber ouvir
O apenas pressentir
Catarata branca que me turvas
De vapor d'água e trovão
Olhos meus má visão
Não, não consigo ver além das curvas
Não, não com os mil sentidos que perturbas
Quero o toque imediato
Ler-te livro ou sinfonia
Mas é meu o defeito inato
De só aceitar simetria
Assim fico aqui
Vestido a esperança despido de ti
A idealizar cegueiras
Preenchidas e brancas
Vazias e não estás
Estás além da muralha
Para lá das águas
E não há batalha
Por defeito das armas
Capaz de agir sem pensar
Capaz de amar e sofrer
Incapaz de te ver
Sofro do espírito míope
Que te desfoca inteira
E se penso penso ver
Não há visão verdadeira
A barreira da língua
A muralha da China
O não saber ouvir
O apenas pressentir
Catarata branca que me turvas
De vapor d'água e trovão
Olhos meus má visão
Não, não consigo ver além das curvas
Não, não com os mil sentidos que perturbas
Quero o toque imediato
Ler-te livro ou sinfonia
Mas é meu o defeito inato
De só aceitar simetria
Assim fico aqui
Vestido a esperança despido de ti
A idealizar cegueiras
Preenchidas e brancas
Vazias e não estás
Estás além da muralha
Para lá das águas
E não há batalha
Por defeito das armas